Seminário em Brasília fortalece políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher
Foi encerrado nesta quarta-feira (22), no Palácio da Justiça, o I Encontro Nacional de Segurança Pública e o Enfrentamento da Violência contra a Mulher, evento híbrido do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com o Ministério das Mulheres. Durante dois dias, o encontro debateu políticas públicas necessárias para o fortalecimento da prevenção e do combate de todas as formas de violência contra a mulher.
Para debater dificuldades e práticas bem sucedidas no acolhimento às vítimas, representantes de polícias civis e militares, bombeiros, perícias e Guardas Municipais de 17 municípios foram convidados a participar do evento. Também haverá atuação de representantes do Poder Judiciário e da ONU Mulheres Brasil.
Referência no estado de São Paulo, a cidade esteve representada pela Guarda Municipal de Jundiaí através da Patrulha Guardiã Maria da Penha reconhecida pelo trabalho em defesa da mulher vítima de violência doméstica .
“O foco foi abordar as diversas perspectivas que perpassam o tema, com o objetivo de fortalecer políticas públicas – urgentes ante os indicadores de violência de gênero demonstrados por pesquisas”, disse a subinspetora e chefe de equipe da Patrulha Guardiã Maria da Penha, Adriana Camargo .
“O primeiro lugar a quem a mulher recorre é a mãe, a família, a amiga e a irmã, e isso mostra que o serviço público não dá confiabilidade à mulher para que ela possa fazer a denúncia”, analisou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. “Acreditamos que precisamos sempre estar à altura das respostas diante da dimensão do desafio”, completou o ministro da Justiça Flávio Dino.
De acordo com o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, a experiência relatada pelos agentes de segurança é fundamental para fortalecer o aparato do Estado no recrudescimento à violência de gênero, do primeiro atendimento à investigação e encaminhamentos jurídicos: “A gente só pode formular e executar política nacional de segurança pública em diálogo federativo e intensivo com os estados e as forças de segurança, ouvindo quem trabalha e desafia as insuficiências operacionais”, destacou.